sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Trânsito: irresponsabilidade ao volante

M. S. F.

Fruto da impunidade, imprudência, irresponsabilidade e do consumo excessivo de bebida alcoólica, o trânsito da cidade de Lagoa Seca está longe de ser considerado um exemplo de organização. As leis de trânsito foram criadas para organizar e melhorar a circulação dos veículos pelas ruas e estradas, porém, as ruas da cidade não possuem sinalização adequada, nem uma fiscalização que controle tudo ou, pelo menos, amenize este caos.
A cada dia a irresponsabilidade dos motoristas aumenta tão rapidamente quanto o número de carros e motos, aumentando também o número de pessoas vítimas de acidentes. Como se todo esse caos não bastasse, os congestionamentos também afligem o trânsito de Lagoa Seca, o que deveria ser um ato tranqüilo, atravessar na faixa, é, na verdade, um martírio, nos obrigando a ficar minutos a espera de um tempo livre para atravessar.
Um fato que marcou nossa cidade foi o caso trágico de pai e filha que morreram em um acidente automobilístico. Segundo alguns moradores da localidade que presenciaram o caso, o condutor do veículo estava em alta velocidade e alcoolizado e, ao tentar fazer uma ultrapassagem, se chocou com a moto que conduzia as vítimas. De fato, este caso revoltou toda a cidade e, como já era de se esperar, o álcool foi o protagonista desta história.
A praça, em frente à Igreja Matriz, é alvo certo para a imprudência dos motociclistas. Alunos do colégio Estadual da cidade são testemunhas disso. Muitas vezes, até mesmo sem capacete, motociclistas arriscam a própria vida e a de pessoas que trafegam pelo local em manobras perigosas e nas famosas empinadas com as motos, tudo isso fruto da impunidade.
Segundo Clayton José Félix de Figueiredo, responsável pelo DTT (Departamento de Trânsito e Transporte) da cidade, o concurso para a contratação de agentes de trânsito foi realizado, mas, de acordo com ele, não dá para colocá-los para trabalhar sem antes capacitá-los, por isso que os agentes terão que, primeiramente, passar por um treinamento.
Ele também relata que há vários projetos para amenizar o problema, mas o processo de municipalização é lento, pois, segundo o mesmo, a população não aceitaria logo de cara uma mudança tão drástica.
Sempre que são perguntados sobre algo que deveria ser feito e que na verdade não passa do papel, eles dizem que o projeto é enviado para Brasília, mas, quando é aprovado, não pode ser realizado por causa do débito da prefeitura.
Mas se realmente eles quisessem amenizar esse caos, fariam algo para que isso acontecesse sem precisa justificar-se com desculpas esfarrapadas.

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