Descaso público
T. S. L.
Um risco para a saúde da população e uma prova da indiferença dos nossos governantes é o caso dos catadores de lixo em Lagoa Seca.
Situado no sítio Gravatá, o lixão a céu aberto serve de fonte de renda para várias famílias que todos os dias vão ao local com o objetivo de juntar a maior quantidade possível de papelão, garrafas e material reciclável, além de reaproveitar o que já não serve à população urbana e que de algum modo foi parar no lixo.
Sem nenhuma preocupação com a poluição causada e a saúde da população que mora vizinha ao depósito, os caminhões descarregam diariamente os dejetos de toda a cidade, incluindo o lixo hospitalar que deveria ser cremado.
Promessas de transferir-se o lixo para outra região ou de construir-se um aterro sanitário no local surgem a cada véspera de eleição. O que parece ser alívio para uns, torna-se transtorno e revolta para outros: os catadores mostram-se indignados quanto a essas propostas, alegando que toda sua renda é adquirida através do lixão, além de objetos para suas casas.
Os moradores das regiões vizinhas, em sua maioria agricultores, reclamam do mau cheiro e da invasão de roedores e insetos nas suas casas. Além disso, o lixo nessa região prejudica o comércio já que ninguém quer comprar legumes e verduras plantadas ao lado da região poluída, afirmam os moradores.
A solução para tamanhos problemas seria uma usina de reciclagem, já que a maior parte do lixo pode ser reaproveitada. Um processo de coleta seletiva geraria emprego e acabaria com a frustração dos moradores vizinhos.
O que não pode continuar é essa situação lamentável que persiste até hoje: pessoas entre o lixo como se fossem animais, sem nenhuma perspectiva de vida melhor, quando perante a lei todas as pessoas têm direito a gozar de saúde, educação é lazer.
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